Filha de pais cabo-verdianos, Lura nasceu em Lisboa em 1975. O seu envolvimento no meio artístico começou cedo, com participações em projectos teatrais e musicais. Em 1996 gravou o seu primeiro trabalho de longa duração, cuja canção título, Nha Vida, foi um sucesso imediato e lhe rendeu um convite para participar no projeto discográfico Red Hot + Lisbon, que reuniu grandes nomes da música lusófona.
Dois anos depois, acompanhou Cesária Évora, o maior nome da música cabo-verdiana, em dois importantes projectos – abriu os espectáculos daquela cantora na Expo 98 e participou numa série de concertos em Paris chamados Cesária & Friends.
Em 2001 participou numa das eliminatórias do Festival RTP da Canção, em conjunto com Paulo Abreu Lima, com a canção Da Terra À Lua. No ano seguinte publicou o seu segundo CD, In Love, e foi uma das três cantoras selecionadas para o projeto Women of Cape Verde, que lhe permitiu atuar em diversas cidades do Reino Unido e lhe concedeu a oportunidade de lançar os seus álbuns em diversos países europeus.
M´bem Di Fora, o seu terceiro CD, foi publicado em 2006 e foi alvo de uma apresentação oficial em Novembro desse ano no Teatro Tivoli BBVA. Segundo a crítica, este trabalho revelou uma maior maturidade musical, onde o seu cunho pessoal em temas de diversos compositores se fez sentir. A digressão promocional incluiu concertos na Turquia, Alemanha, França, Brasil, Espanha, Austrália e Itália
Decidida a vivenciar a realidade das suas raízes, em 2011 mudou-se para a cidade da Praia, em Cabo Verde, fortalecendo laços com músicos e compositores do arquipélago, mas continuando a atuar um pouco por todo o mundo. O regresso ao estúdio para a gravação de Herança, o seu último trabalho de longa duração até ao momento, ocorreu em 2015. Composto por canções vibrantes e tremendamente dançáveis, o CD foi um sucesso em Portugal e em inúmero países africanos.
Em 2018 publicou o EP Alguém di Alguém, inspirado na sonoridade funaná. Constituído por canções bem ritmadas e frenéticas, o trabalho tem sido muito bem aceite pela crítica e pelo público.
Para além deste EP, 2018 veio a revelar-se um ano cheio de surpresas, tendo sido convidada para participar no Festival RTP da Canção 2019. Espera-se uma canção quente e cheia dos ritmos e sabores africanos.