O Centro de integridade pública (CIP) , organização não-governamental (ONG) moçambicana , denunciou hoje uma rede de exploração sexual en que guardas prisionais forçam mulheres reclusas a sair de uma cadeia de Maputo para se prostituirem .
“O que esperamos é que depois desta investigação seja possível ao Ministério público identificar as pessoas envolvidas e que sejam responsabilizadas, para parar com esta exploração condenável e hedionda ”,
Disse Borges Nhamire , membro do CIP.
Os guardas da Cadeia Feminina de Ndlavela , na província de Maputo , forçam as prisioneiras do estabelecimento penitenciario a prostituirem-se. As reclusas são tiradas da cadeia , ao dia ou mesmo à noite , para lugares , como uma pensão a 500 metros do centro de reclusão.
Os resultado são de uma pesquisa feita pelo centro de integridade pública (CIP) que , durante seis meses de investigação , conseguiu , através da negociação com os guardas prisionais , encontro com seis tratadas , a troco de pagamentos de valores monetários aos guardas.
Por três ocasiões, os membros do CIP solicitaram , disfarçados de Clientes , mulheres para “manter relação sexuais ” e , com os guardas , foi negociado o dia , a hora , o local , o tipo de mulher (tendo em conta a “ qualidade de produto ”) e a duração das sessões , sendo que os preços cobrados variam de três a 30 mil meticais , o dinheiro partilhado entre os guardas envolvidos no esquema.
Já em conversa com as reclusas , foi constatado que é os fins -de- semana ou feriados em que há “ mais movimento ” e há reclusas que saem três a quatro vezes por semana para manter relação sexuais e, nalgumas vezes , são as mais antigas que ajudam na escolha das “novatas”.
Segundo as reclusas, entre elas e os guardas, não ha negociação possível, é uma ordem a que elas devem obedecer , pois caso se recusem a sair , são espancadas , castigadas e atribuídas tarefas pesadas.